Quinta-feira, 09 de julho de 2009.
Ansiedade é algo tão terrível em razão do poder que tem de tornar o presente inaproveitável, escravizando o indivíduo, pela insegurança, posto que a ansiedade se faz serva do futuro; ou seja: ela escraviza o ser ao que não é, e o impede de viver o dia que é Hoje.
A ansiedade pela sua própria natureza, se alimenta de pre-ocupações... escravizando a alma ao fantasma que o medo concebeu como futuro.
O corpo todo sofre quando você está ansioso.
A mente ansiosa trabalha correndo atrás do pior, angustiada por não saber o que reserva o amanhã. Assim, quanto mais energia alguém dedica à ansiedade, mais insaciável ela se torna, e mais fraca a pessoa se sentirá em relação o poder do que ainda não é...
Chega o ponto em que drenada, impotente, angustiada, gelada de medo, a pessoa passa a crer que todo o mal que ela teme a alcançará... e, assim, imagina que todas as não-soluções lhe acometerão...
A ansiedade é a fé no pior; é filha da desconfiança; é tão certa quanto a culpa de cada um; é tão implacável quanto o vatícinio de inimigos; é tão covarde quanto o diabo.
Por essa razão, assim como a fé é a certeza das boas coisas... a ansiedade é a expectativa amedrontada de tudo o que é ruim.
Na ansiedade não há fé, pois, onde há fé, aí não há ansiedade!
Na melhor das hipoteses a ansiedade gera uma fé nervosa e que existe em estado de desespero.
Se houver ansiedade jamais se terá descanso; posto que o estado de descanso vem da confiança e da entrega.
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus” é talvez a ordem divina mais difícil de ser atendida.
A dificuldade está no fato de que é Deus quem fala, mas é o homem quem tem que se aquietar, deixando o motor de suas ansiedades parar, permitindo-se levar no ‘automático da confiança”.
“Aquietai-vos” evoca uma decisão pessoal; uma resolução; uma consciência que abre mão do instinto aflito de auto-defesa; é uma vontade de paz; um entregrar confiante da impotência pessoal, crendo que em tal paradoxo nasce o poder que realiza o impossível. O fato é que é preciso que se ‘aquiete’ antes..., a fim de que se possa "saber” quem é Deus ‘depois’.
Deus se deixa conhecer como Deus na quietude confiante e no silêncio entregue e pacificado que vem da fé.
A questão é que temos horror de confiar, crer, entregar, abandonar, descansar, deixar a vida correr no fluxo...; e, sem temor, não temer peder nada...; posto que tudo aquilo que é entregue a Deus jamais se perde... mesmo que não esteja em nossas mãos.
Experimente a santa irresponsabilidade de descansar em Deus, de dizer ‘tô nem aí... está nas mãos de Deus...’ Ah! Grande alegria e contentamento há na confiança que sossega e se aquieta!
Quem assim faz... em fé... esse conhecerá a Deus. Sim, esse ‘saberá’ em profundidade acerca do poder que emana em favor da alma que se aninha na amizade de Deus.
Bem-aventurados os que se aquietam, pois eles saberão e conhecerão quem é Deus!
Pense nisso!
Contato: pastoredson@hotmail.com
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