Alunos do ProJovem em São Gonçalo terão direito ao RioCard

Secretaria de Desenvolvimento Social também entrega uniformes aos estudantes do Programa


Os estudantes do ProJovem Urbano, programa do Governo Federal em parceria com a Prefeitura de São Gonçalo, terão direito ao RioCard. O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Social de São Gonçalo, Adolpho Konder, durante a entrega dos uniformes e das carteirinhas. O secretário fez questão de ir às salas de aula fazer a distribuição do material escolar.

– Parabéns a todos pelo empenho. Reconheço que é difícil conciliar o estudo com o trabalho. Estou feliz por vocês não 

desanimarem – destacou o secretário, que distribuiu 390 camisas no Colégio Municipal Castelo Branco, no Boaçú, e na Escola Municipal Mário Quintana, no Engenho Pequeno.

Segundo Adolpho Konder, a iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social, com total apoio da prefeita Aparecida Panisset, visa evitar a evasão escolar. A Secretaria disponibilizou um certificado aos jovens para solicitarem o benefício no Terminal Rodoviário João Goulart, no Centro de Niterói. Os participantes também recebem uma bolsa auxilio de R$ 100 por mês.

– A Prefeitura tem unido esforços para dar esta possibilidade a vocês e, agora, desejamos que agarrem esta oportunidade e se dediquem. Estamos empenhados para que vocês concluam os estudos e se insiram no mercado de trabalho – ressaltou o secretário.

O ProJovem atende a 3 mil alunos de 18 a 29 anos, em 16 núcleos da cidade. No curso, que tem duração de 18 meses, os estudantes concluem o Ensino Fundamental, aprendem Inglês e Informática, além de conhecimentos de Telemática, Vestuário, Alimentação ou Construção e Reparo.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social

Foto: Ana Paula Gomes

DESEMPREGO E POPULAÇÃO NÃO ECONOMICAMENTE ATIVA (PNEA) NA RM-RJ!

1. A pesquisa mensal de emprego de abril, na RM-RJ, aporta dados intrigantes sobre a constituição da PNEA e suas relações com o desemprego. O número de pessoas em idade ativa (IBGE-PME, entre abril de 2008 e de 2009) cresceu de 10.103 mil para 10.143 mil, ou 40 mil pessoas, ou 0,4%. As pessoas na PEA, economicamente ativos, passaram de 5.445 mil a 5.379 mil, diminuindo 40 mil. A PNEA cresceu em 106 mil pessoas, de 4.658 mil para 4.764 mil. A queda da PEA apontaria para a desistência de pessoas procurarem emprego em função da crise. A taxa de desemprego efetivo (taxa de desocupação + emprego precário) passou de 9% a 8,6% entre abril de 2008 e 2009, o que confirmaria isso.

2. O crescimento da PNEA, em um ano, não poderia ser explicado pela escolaridade ou pelas aposentadorias. Dessa forma caberia penetrar nos dados do PNEA na forma que o IBGE os apresenta. Dentro da PNEA as pessoas que gostariam e estavam disponíveis para trabalhar, mas não estavam procurando emprego, cresceram de 5,7% a 7,8%, ou 2,1%, ou 215 mil pessoas. As marginalmente ligadas a PEA passaram de 2% a 3,4%, ou mais 143 mil. As desalentadas dentro da PNEA não sofreram aumento. As que gostariam, mas não estavam disponíveis para trabalhar cresceram de 0,7% para 1,2% ou mais 51 mil.

3. Ao todo: 215+143+51 = 409 mil pessoas, que estando na PNEA, na verdade gostariam de estar empregadas e se não pressionam o mercado de trabalho real, o pressionam virtual e animicamente. Estas podem ser produto do desemprego, que vem seguido de indenizações; FGTS e seguro-desemprego que neutraliza por algum tempo a demanda; alguma informalidade doméstica ou em atividades não remuneradas ou não procuram emprego por perceber dificuldades. Certamente uma combinação de todos. Registre-se que a taxa de desalento (desistência por desemprego em longo prazo) não aumentou. 

4. O que impressiona é que agregando todos os dados do IBGE para as RMs pesquisadas, o caso da RM-RJ é o único no Brasil em relação a esses itens. Cumpre com urgência analisá-los por dentro, numa série em média móvel-trimestral e avaliar que políticas compensatórias se fazem necessárias, já. São, repita-se, 409 mil pessoas a mais nestes casos, em um ano. 

Fonte: Ex-Blog Cesar Maia