Copa vai abrir 448 oportunidades a pequenas empresas



Fonte: INFOMONEY


Micro e pequenas empresas terão 448 oportunidades de negócios nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O dado constra no “Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede”, mapeamento que aponta possibilidades nas áreas de construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo, promovido pelo Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) com estimativas da Ernest & Young, em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).

O Programa Sebrae na Copa de 2014, que visa justamente estimular a atuação do órgão nas empresas de pequeno porte, terá R$ 79,3 milhões até 2013. Esses recursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados.

Para chegar às 448 oportunidades, o estudo leva em conta os negócios ligados diretamente às micro e pequenas empresas em segmentos da economia atingidos pela Copa de 2014, seja pelo fluxo econômico do evento, seja pelos investimentos que serão realizados até lá. Leva em conta também a possibilidade de desenvolvimento empresarial que possa surgir por diferentes razões, como a proximidade entre MPEs e grandes empresas e desenvolvimento de novos recursos e capacidade para atender os clientes.
De acordo com o mapeamento do Sebrae, encomendado à FGV, haverá possibilidades de negócios para pequenos empreendimentos antes, durante e após o evento esportivo.

As possibilidades variam bastante, de acordo com a área, como serviços de internet sem fio, serviços de ensino de idiomas, serviços relacionados ao patrimônio cultural e artístico, comercialização de sucos e polpas de fruta, produção de artesanato, design de produtos e embalagens, fornecedores de material e mobiliário de escritório.

Conforme publicado pela Agência Seabrae, ainda no primeiro semestre de 2011, serão mapeados mais cinco setores: agronegócio, madeira e móveis, têxtil e confecção, comércio varejista e serviços.

Desenvolvimento

Além da realização de negócios, o Programa Sebrae na Copa 2014 visa trabalhar o desenvolvimento das micro e pequenas empresas. “A ideia é permitir que elas ocupem um espaço maior na economia, não apenas no período até 2014, mas no futuro. Atualmente, 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas e elas respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países como a Alemanha, a participação no PIB chega a 40%”, lembrou o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, em coletiva de imprensa concedida nesta terça (29), no Rio de Janeiro.
Entre as ações para a Copa, está prevista a capacitação de 7,7 mil empreendimentos com mais de dois anos de funcionamento nas 12 cidades-sede, que serão multiplicadoras dos avanços de gestão e inovação para centenas de milhares de outros empreendimentos.

Por enquanto, o levantamento está sendo feito em âmbito nacional. A segunda etapa será a identificação das atividades mais promissoras em cada estado que sedia a Copa, levando em consideração as aptidões de cada local.

Estão em andamento 14 mapeamentos locais, sendo nove no setor da construção civil – no Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Amazonas, Mato Grosso, Distrito Federal, Ceará e Paraná. Em tecnologia da informação, os mapeamentos ocorrem no Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná, Distrito Federal e Ceará. Até maio, deverão estar concluídos os dados regionais dos quatro setores.
As atividades priorizadas pelos estados serão trabalhadas em encontros de negócios organizados pelo Sebrae e irão contar com a participação de empresários, associações de classe, bancos de financiamento e outras entidades. Serão 12 encontros, um por cidade-sede, que devem começar até julho.


Requisitos

O Mapa de Oportunidades aponta também quais são os requisitos obrigatórios e classificatórios que devem ser cumpridos para que os empresários garantam seu espaço no mercado.

Os eliminatórios são aqueles sem os quais uma empresa é ou não contratada, normalmente por questões legais, como alvará de funcionamento, nota fiscal, CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e Inscrição Estadual.

Já os requisitos classificatórios são os que agregam valor à empresa, sendo uma condição diferencial que poderá aumentar as chances de desenvolvimento e exploração dos negócios. São de três tipos: documentação específica (como Crea e certificações ISO), gestão e sustentabilidade. No setor de turismo, contam pontos a favor da empresa o apoio no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e a contratação prioritária de mão de obra de fornecedores locais.

Financiamento de projetos em São Gonçalo

Com o apoio dos agentes do Senai, empresas de Niterói e São Gonçalo foram contempladas com financiamentos de projetos de inovação, tanto na área tecnológica, como na social. Tal iniciativa está associada à Caravana Tecnológica 2011, realizada pela Representação Regional da Firjan no Leste Fluminense ontem. Na ocasião, foram apresentadas aos empresários as oportunidades de financiamentos voltados à inovação tecnológica, através de recursos não-reembolsáveis e reembolsáveis, em condições diferenciadas de mercado.

Marco André Anjos, da empresa Esteves e Anjos, em São Gonçalo, foi contemplado duas vezes e agora tentará o financiamento de mais dois projetos.

“Com os investimentos que ganhei pude aumentar minha linha de produção, renda e claro, o número de mão de obra. Tive um aumento de 20% na produção”, afirmou.

Fabiano Gallindo, especialista da Gerência de Desenvolvimento e Inovação da Firjan, frisou que o Rio de Janeiro vive um ótimo momento, com a aproximação dos eventos esportivos que a cidade irá sediar - Copa do Mundo e Olimpíadas -, o que estimula ainda mais a inovação nas indústrias.

Ainda segundo ele, as áreas que se destacam e necessitam cada vez mais de inovação no Leste Fluminense são: Naval e Offshore e Construção Civil.

Também foi apresentado o Edital Senai Sesi de Inovação, lançado no último dia 15 desse mês, na sede da Firjan. O objetivo é apoiar inovações que serão implementadas nas empresas e no mercado, gerando benefícios tecnológicos, econômicos e sociais, dando o suporte técnico e financeiro para o desenvolvimento dos projetos.

Fonte : O São Gonçalo