Nova proposta de salário mínimo causa arrepio

Nunca se arrecadou tanto imposto no país. Até agora o cidadão já pagou R$ 804 bilhões desde o início do ano (1º de janeiro) até agora (31/08). E esse número só cresce. Basta acessar o site http://www.impostometro.org.br/ para ver a imensidão das cifras. É tanto dinheiro que é impossível materializar em cédulas. Atualmente, são cerca de 70 tipos de impostos embutidos no preço das mercadorias e muitos nem se dão conta do que estão pagando exatamente porque o valor não é discriminado ao consumidor final.



O resultado prático disso tudo é que o cidadão trabalha quatro meses em um ano para pagar impostos. É de assustar a proposta do Ministério do Planejamento. No orçamento de 2011, o salário mínimo passaria dos atuais R$ 510 para R$ 538,15. Isso quer dizer que o valor não cobre as perdas com a inflação, nem há aumento real. As centrais sindicais não gostaram nada da proposta e já se mobilizam para negociar no Congresso o novo mínimo no valor de R$ 550, pelo menos.

Esse reajuste vai de encontro a ideia de “estado forte” que o governo federal propaga. O outro lado e a verdadeira face da moeda, que os vídeos de campanha de governo não mostram, é que o governo arrecada muito e gasta mal. Pesquisa do Dieese assinala que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.200 para nutrir as necessidades básicas do brasileiro.

Quando se fala nesse valor, parece até uma piada em um país onde milhões não conseguem ganhar nem um salário mínimo, vivem na extrema pobreza e subsistem denúncias de trabalho escravo. O governo federal se apropriou da ideia “inflada” de ter criado 8,4 milhões de empregos com carteira assinada, mas esse desempenho é fruto da abertura de postos formais nas pequenas empresas.

Dados do Sebrae mostram que as micro e pequenas empresas correspondem a mais de 99% dos 5,8 milhões de negócios formais existentes no Brasil e empregam 52,3% dos 24,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Isso corresponde a 13,1 milhões de empregados.

A disposição de empresários em investir para ampliar a capacidade produtiva. A desoneração de setores com redução de IPI para o setor automotivo, a criação do regime tributário supersimples foram propostas de autoria pensadas e qualificadas no Congresso. Ainda é pouco, pois ainda existe um longo caminho para percorrer para o Brasil atingir a primazia do desenvolvimento.

Com o nível de endividamento do brasileiro, a oposição no congresso deve se unir articular novas contrapropostas no reajuste do salário mínimo. Por isso, peço seu voto para integrar a bancada do DEM, fortalecer a oposição ao governo para lutar pelo trabalhador gonçalense e da região metropolitana. Retirar o peso dos impostos para empresários e aumentar o poder de compra do trabalhador é a meta a ser alcançada.