Título de eleitor não será necessário no domingo

Basta um documento oficial com foto para votar no próximo domingo (3/10). Desta forma, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu agora há pouco sobre a necessidade de dois documentos – a identidade e mais o título de eleitor. A derrubada da exigência vai fazer com que o eleitor tenha mais facilidade momentos antes de se dirigir a uma das urnas eletrônicas.

O pior é que a minireforma eleitoral provocou um gasto desnecessário. O TSE desembolsou R$ 3 milhões em campanhas de divulgação para informar a sociedade sobre a necessidade de dois documentos.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral são válidas a carteira de identidade, identidades funcionais, certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação, com foto. Atenção: certidões de nascimento e de casamento não são aceitas. Cópias autenticadas de documentos serão resolvidas caso a caso pelo mesário ou pelo juiz eleitoral.

Usem a cola

A ordem de votação é deputado estadual, deputado federal, a escolha de dois senadores, governador e presidente. Não confiem plenamente na memória. Abaixo um modelo para ser preenchido. Não se esqueçam, meu número é 2525. Após a escolha do deputado estadual, digitem 2525 e teclem o botão verde (confirma). Rumo à vitória neste domingo. Espalhem meu número.

Trabalhamos duro para esse grande dia. Que o pleito ocorra sem incidentes, a exemplo das últimas edições (2008 e 2006). Obrigado àqueles que me apoiaram, ofereceram sugestões, aos militantes e até mesmo as críticas construtivas que recebi ao longo da campanha. Agradeço ainda aos 4 mil internautas que acompanharam meu blog desde sua criação, em julho, tão logo a Justiça Eleitoral permitiu a campanha na internet.


São Gonçalo tem de aparecer no radar de Brasília

Embora o Governo Federal não seja obrigado a cumprir à risca a Lei Orçamentária Anual, esse instrumento deve ser um roteiro a ser seguido como forma de transparência ao eleitor mais esclarecido. O cidadão tem direito de saber onde são investidos os recursos arrecadados com o nosso imposto. De janeiro a setembro deste ano, O Governo Federal repassou quase R$ 183 milhões ao município, diretamente.

Com base no Orçamento Anual da União deste ano, dos R$ 5,2 milhões previstos para a cidade de São Gonçalo – sem contar com aquela verba repassada ao Governo do Estado e depois distribuída ao município -, apenas R$ 150 mil foram aplicados. Esse dinheiro foi usado para a formação de educadores ambientais. Projetos importantes ficaram de fora como os de infraestrutura. Elaborar cronogramas, detalhar um projeto passa pela assessoria técnica. Essa parte é a menos visível do processo legislativo.

A experiência acumulada na prefeitura de São Gonçalo abriu meus olhos sobre a importância de a cidade ter um legítimo representante em Brasília. A maioria dos recursos foi autorizada pelo governo federal, mas falta alguém para fazer o ‘meio de campo’ em Brasília.

As ações assistenciais na secretaria, a qual comandei, alertaram-me sobre essa necessidade. Além disso, a catástrofe com as chuvas de abril prejudicaram ainda mais o trabalho que vinha sendo feito a partir das prioridades definidas. Em meio a tantos pedidos da população, priorizar o que deve ser feito é fundamental para o sucesso de um trabalho de longo prazo. Nem Jesus agradou a todos. Por isso o trabalho da secretaria sempre terá elogios e críticas.

Outro fato que me espantou foi a quantidade de emendas parlamentares destinados a cidade: os deputados federais destinaram apenas R$ 5,8 milhões à São Gonçalo em 2010. É muito pouco se comparado com a cidade do Rio – recordista de emendas. Para um município do tamanho de São Gonçalo (segundo maior colégio eleitoral do estado), isso significa que a cidade está abandonada aos olhos dos parlamentares.

É estarrecedor a forma ainda como a maioria dos deputados age. Não basta apenas carimbar emendas, marcar presença nas discussões no plenário, discursar e falar bonito. A atuação nos bastidores e o trabalho de desenvolver projetos e apoiar as prefeituras são fundamentais. Hoje, não é a falta de recursos que impede as realizações, mas a formalização, estudos de impacto e viabilidade para viabilizar determinada obra e melhoria. Essa é a necessidade da maioria das prefeituras da região metropolitana. Para fazer acontecer e beneficiar diretamente o cidadão, é importante levar em conta toda essa questão.