Alerj realiza audiência pública sobre complexo petroquímico do Rio


Objetivo é fiscalizar a implementação em Itaboraí

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro realiza nesta terça-feira (19) a primeira audiência pública sobre o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).

A audiência foi convocada pelo presidente da Comissão Especial do Comperj, deputado Robson Leite (PT).

A comissão foi criada com o objetivo de fiscalizar a implementação do complexo no Estado. O gerente de comunicação da Petrobras, Gilberto Puig, falará em nome da empresa. Foram convidados também os prefeitos da região de Itaboraí, em que o complexo está sendo instalado.

A comissão vai propor o regramento do empreendimento que garanta investimentos sociais, ambientais e urbanos. Dessa forma, segundo Robson, “o complexo deve ser capaz de levar crescimento econômico, mas de forma integrada com o desenvolvimento social e com a preservação ambiental”, em uma tentativa de evitar o crescimento desordenado que ocorreu em Macaé.

O deputado Robson Leite já realizou uma audiência com a direção da Petrobras para tratar do tema.
Polêmica no Comperj




A Frente dos Secretários de Trabalho do Comperj apresentou, nesta sexta (15), para a Petrobras a real situação dos municípios no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que está sendo construído em Itaboraí, local da reunião. O encontro serviu para que os participantes e a estatal discutissem a qualificação profissional e a inserção das populações destas cidades no mercado de trabalho.



Para o secretário de Trabalho de Itaboraí, Saíde Abrão, as municípios estão formando profissionais que, em sua maioria, não estão sendo absorvidos pelos contrantes.

“Nós acolhemos as empresas. Elas vêm para nosso município, mas não abrem espaço para os profissionais que nós qualificamos, por não possuírem a experiência exigida pela maioria dos empregadores”, explicou o secretário, preocupado com a grande contratação de mão de obra vinda de outras regiões.

Em Tanguá, a subsecretária de Trabalho e Renda, Janaína Santana, expôs a grande dificuldade que seu município possui hoje, até mesmo em colocar em prática os projetos de inclusão do profissional sem experiência no mercado. Segundo ela, as empresas se mantêm rígidas com relação a este tipo de contratação.

Petrobras - Dados apresentados pela Petrobras mostram que a empresa qualificou, em onze municípios, 6.700 pessoas nos últimos anos. Deste número, 77% foram aproveitados pelo mercado de trabalho. O alto índice é explicado por uma espécie de Ferramenta de Gestão, implantada pela Petrobras, onde são registrados os profissionais que passaram pela especialização e foram qualificados conforme exigências da empresa. Facilitando assim a entrada no mercado de trabalho dos profissionais sem a experiência profissional exigida pelos empregadores.


Fonte : O São Gonçalo