A Secretaria de Desenvolvimento Social de São Gonçalo, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), promoveu nesta quinta-feira (24/09) uma dinâmica de grupo com os usuários do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Engenho Pequeno e moradores do bairro para saber a importância dos serviços dos CRAS para os beneficiários.
A assistente social da Secretaria, Natalia Palmar, apresentou uma palestra com o tema “Relatos de um tempo que não se foi” e citou trechos do texto “A idade de ser feliz”, de Mário Quintana. Após a palestra, os usuários falaram sobre suas vidas e expectativas para o futuro.
– Com esta atividade, ficou comprovado como o CRAS é fundamental para essas pessoas. Este serviço da secretaria foi dito por eles como expectativa de futuro e pediram mais cursos e atividades – ressaltou Natália, que é responsável pelo serviço de Orientação e Apoio Especializado a Pessoa e Famílias Vítimas de Violência do CREAS.
Há um ano participando de atividades no CRAS Engenho Pequeno, a aposentada Maria Amélia Dias, conta que trabalhou 32 anos como doméstica em três casas no Rio de Janeiro. Agora aos 63 anos, ela só quer saber de ser feliz e aproveitar para curtir a vida com os sete netos.
– Não vi meus filhos crescerem porque saia para trabalhar às 4h e voltava às 23h. Arrependo-me de não ter tido este tempo com eles, mas agora que estou aposentada posso cuidar dos meus netos – afirma Maria Amélia, acrescentando que teve dois filhos e criou dois sobrinhos, filhos de sua irmã que faleceu quando eram crianças.
Uma das maiores alegrias da ex-empregada doméstica aconteceu há 10 anos, quando conseguiu comprar sua casa. Ela fez um curso de cabeleireiro aos 50 anos de idade e conseguiu um emprego em um salão de beleza.
– Quando fiz o curso, muitas pessoas disseram que estava velha e que não iria conseguir trabalhar em lugar nenhum. Mas nunca me importei com isso. Trabalhei e juntei o dinheiro para realizar o sonho de ter minha casa – finalizou.