O resultado veio abaixo do piso do intervalo das estimativas dos
analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de 5,9% a 6,2%, com mediana de
6,0%.
Apesar da redução do desemprego, o rendimento médio real dos trabalhadores
apresentou variação negativa de 0,1% em maio ante abril, para R$ 1.725,60, mas
cresceu 4,9% na comparação com maio de 2011.
O IBGE informou ainda que a população ocupada cresceu 1,2% em maio na
comparação com abril.
Ela também cresceu 2,5% ante o mesmo período do ano anterior,
totalizando 22,984 milhões de pessoas nas seis regiões metropolitanas
avaliadas.
Já a população desocupada recuou 3,3% em maio quando comparado com abril
e registrou queda de 7,1% sobre um ano antes, chegando a 1,414 milhão de
pessoas. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados
quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.
O fortalecimento da renda e do emprego tem sido uma das principais armas
do governo para evitar uma desaceleração ainda maior da economia brasileira,
afetada pela crise internacional.
Diante do ritmo lento da atividade no Brasil, a equipe econômica da
presidenta Dilma Rousseff já abandonou a previsão inicial de crescimento de
4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e já fala em algo em torno de
3%. O mercado, por sua vez, prevê expansão de apenas 2,30%.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta semana
que a economia brasileira crescerá com ritmo de 4% no quarto trimestre e acima
de 4,5% no primeiro semestre de 2013.
Para ele, esse cenário é sustentado justamente pela continuidade na
geração de emprego e renda, além dos impulsos já dados pelo governo na
economia. O último foi na semana passada, quando foi anunciada uma linha de
crédito de R$ 20 bilhões para que os Estados possam realizar investimentos em
infraestrutura.
Segundo o IBGE, seis segmentos registraram alta nas contratações em maio
sobre abril, com destaque para o de Educação, Saúde e Administração Pública,
com alta de 2,7%. Na ponto oposta, o segmento de Construção Civil apresentou
queda de 2,9% no período.
As informações são do IG