Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona lei que modifica as regras para a adoção no país

Segunda-feira, 03 de agosto de 2009.

AMB participa da cerimônia e lança o Guia Comentado - Novas Regras para a Adoção.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou hoje, 3 de agosto, lei que modifica as regras para a adoção no país. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) participou da cerimônia, representada pelo vice-presidente de Assuntos da Infância e Juventude, Francisco Oliveira Neto. Na ocasião, a AMB lançou o Guia Comentado - Novas Regras para a Adoção, documento que detalha as alterações realizadas pelo Senado Federal no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), especificamente o que se refere ao direito à convivência familiar e à adoção. Além do texto legal, o guia também apresenta breves comentários aos dispositivos mais importantes da lei.

“As novas regras para a adoção estabelecem garantias legais às crianças e adolescentes em situação de adoção e possibilitam uma maior agilidade a esse processo”, afirma o vice-presidente da AMB, Francisco Oliveira Neto. Francisco também é integrante do comitê gestor do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e coordenador da campanha da AMB Mude um Destino, que favorece desde 2007 ações relacionadas ao direito fundamental à convivência familiar de crianças e adolescentes.

O Guia Comentado - Novas Regras para a Adoção está disponível no site da Associação dos Magistrados Brasileiros (www.amb.com.br) e será distribuído, em versão impressa, aos 14 mil juízes associados.

As principais alterações no ECA

O documento sancionado hoje pelo presidente Lula prioriza o direito de crianças e adolescentes à convivência familiar, estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e inova na ampliação do conceito de família extensa, formada por parentes próximos com os quais convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

O documento fixa prazo de até dois anos para o ajuizamento da ação de destituição do poder familiar em casos de violência ou abandono, o que poderá ter como resultado a colocação da criança em situação de adoção, dando a ela a oportunidade de conviver em outro lar.

O texto também inova na limitação do tempo de permanência das crianças nos abrigos que deverá ser de, no máximo, dois anos e, preferencialmente, em endereço próximo ao da família. Além disso, a lei determina que, a cada seis meses, será reavaliada a necessidade de permanência da criança no abrigo, devendo a autoridade judiciária competente decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta.

O documento também garante que a Justiça dará atenção a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para a adoção, o que poderá evitar o abandono de crianças em espaços públicos logo após o nascimento. A nova lei impõe, ainda, a obrigatoriedade de que os irmãos não sejam separados, medida que, na prática, já é adotada pela maioria dos juízes da Infância e da Juventude, mas que precisava ser colocada em lei para impedir situações diversas.

A AMB e a adoção

Desde 2007, a Associação dos Magistrados Brasileiros desenvolve a campanha Mude um Destino, que favorece ações relacionadas ao direito fundamental à convivência familiar de crianças e adolescentes. Em sua primeira fase, o projeto tratou da realidade de cerca de 90 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos no País. A segunda etapa da campanha, lançada em maio de 2008, abordou o tema da adoção consciente, feita por meio do Poder Judiciário.

Fonte:Assessoria de Imprensa AMB.

Dia do Amigo é comemorado com baile em São Gonçalo

A Secretaria de Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Gonçalo realizou na última sexta-feira, dia 31, um baile com os funcionários para festejar o Dia do Amigo, que é comemorado no dia 20 de julho. O evento aconteceu no anexo da prefeitura, em Alcântara.

Fonte: Comunicação Social - SMDS.

Fotos (1 e 2): Ana Paula Gomes.





Nova lei determina prazo máximo de dois anos para permanência de crianças em abrigos

Brasília - A permanência de crianças e adolescentes em abrigos em situação indefinida e sem estar disponíveis para adoção não deve ultrapassar o período máximo de dois anos, de acordo com a determinação prevista na nova lei de adoção sancionada hoje (3) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Essas crianças precisam ter a situação jurídica delas definida com rapidez, a lei prevê o prazo máximo de dois anos para que fiquem na instituição e que haja uma definição para que retornem para sua família biológica ou sejam colocadas como disponíveis para adoção”, explicou o vice-presidente para assuntos da infância e juventude da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Francisco Oliveira Neto.

Para que esse prazo seja cumprido, a lei determina que a cada seis meses o juiz deverá revisar o processo de crianças e adolescentes que estão em abrigos. Na avaliação de Francisco Oliveira, o Judiciário terá condições de cumprir essa determinação já que há algum tempo vem se estruturando para isso.

Segundo ele, há atualmente cerca de 80 mil crianças vivendo em abrigos, sendo que aproximadamente 10% delas estão disponíveis para adoção.

Ao sancionar o texto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a lei vem desburocratizar o processo de adoção no país. “Uma legislação criada para evitar a burocracia excessiva, que hoje dificulta o final feliz para crianças e adolescentes que necessitam de uma nova família, e adultos que travam uma luta, muitas vezes inglória, para adotá-los.”

O texto traz ainda a exigência de preparação prévia dos pais adotivos e de acompanhamento familiar pós-acolhimento. A lei trata também de adoção internacional, que será possível apenas em última hipótese, caso não haja brasileiros habilitados nos cadastros internos. A preferência será dada sempre ao adotante nacional, seguido por brasileiros residentes no exterior. Para adoções internacionais, a lei exige que o estágio de convivência seja cumprido dentro do território nacional por, no mínimo, 30 dias.

A lei determina ainda que crianças indígenas e quilombolas sejam adotadas preferencialmente dentro de suas próprias comunidades na intenção de preservar a identidade cultural. Determina ainda que o cadastro oficial seja a principal opção para quem quer adotar e prevê atenção à grávida que deseja entregar o bebê à adoção.

A adoção no país pode ser feita por maiores de 18 anos, independentemente do estado civil. Na caso de adoção conjunta, os pais devem ser casados civilmente ou manter união estável.

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

São Gonçalo discute políticas públicas para assistência social

A Prefeitura de São Gonçalo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, promove de 4 a 6 de agosto, das 9h às 17h, no Sesc, a 8ª Conferência Municipal de Assistência Social. O objetivo é estabelecer as novas políticas públicas da assistência social que serão implementadas na cidade. A prefeita Aparecida Panisset e o secretário Adolpho Konder vão abrir amanhã, dia 4, o evento que tem como tema a “participação e controle social no Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Serão três dias de debates entre representantes dos governos municipal, estadual e federal, além da sociedade civil organizada, através de instituições não-governamentais. O relatório será apresentado na conferência estadual, ainda sem data definida. A previsão é que seja realizada em setembro. Também serão eleitos os delegados da sociedade civil que vão participar do evento estadual.

A programação inclui palestras sobre a “Trajetória e Significado do Controle Social na Política da Assistência Social: a diretriz constitucional em debate”, que será apresentada pela presidente do Conselho Estadual de Assistência Social (Ceas), Nelma Azeredo. Logo em seguida, a subsecretária de Cultura e Turismo de São Gonçalo, Mariângela Valviesse, vai falar sobre os “Conselhos de Assistência Social e o Suas: composição, dinâmica, caráter da representação e processo de escolha”.

Ainda será apresentado o tema “Trabalhador do Suas e o Protagonismo dos Usuários: bases para uma atuação democrática e participativa” pelo representante Conselho Nacional da Assistência Social (CNAS) e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Renato Francisco dos Santos Paula. A coordenadora regional do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), Hilda Corrêa de Oliveira, vai debater com os participantes o tema “Protagonismo do usuário, o seu lugar político no Suas: uma construção inadiável”.

Além da prefeita e do secretário Adolpho Konder, ainda vão participar da cerimônia de abertura representantes da Secretaria Estadual da Assistência Social; do Conselho Estadual da Assistência Social; secretários de Assistência Social de Niterói, Itaboraí e Maricá; e o presidente do Conselho da Assistência Social de São Gonçalo, Hélio Henrique Camilo.

O Sesc fica na Avenida Presidente Kennedy, 755, no bairro Estrela do Norte.

Fonte: Comunicação Social - SMDS.