25 anos de DEAM

Dentre as 10 Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAMs), uma está no município de São Gonçalo. Na comemoração dos 25 anos de criação das DEAMs no Rio de Janeiro, que aconteceu nesta quarta-feira (22/07), no Espaço Cultural do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM – RJ), no Centro do Rio, as mulheres gonçalenses foram representadas pela subsecretária de Políticas para Mulheres de São Gonçalo, Marisa Chaves; a vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de São Gonçalo, Ana Marita; e a coordenadora do Centro de Orientação à Mulher Zuzu Angel, Lucimare Sobra.
O auditório estava lotado por uma plateia, em sua maioria, feminina, com grande presença de servidoras públicas das DEAMs de todo o estado. A grande homenageada foi a delegada-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha, que é ex-presidente do CEDIM.
O trabalho da delegada Marta Rocha foi ressaltado em diversos discursos como motivo de orgulho feminino na luta pela igualdade de gênero no país. Ela foi uma das homenageadas do evento e recebeu uma placa comemorativa dos 25 anos da DEAM.
Desde a inauguração da primeira unidade, na Avenida Presidente Vargas, em 1986, dez especializadas foram construídas, além da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM).
História
No dia 5 de setembro de 1985, a Defensora Pública, Glauce Franco, e um grupo de estagiárias, começaram a defender as mulheres vítimas de violência. Elas prestavam assistência jurídica. Essa iniciativa tornou-se o “plano-piloto” da delegacia feminina.
Segundo a encarregada do Projeto da Delegacia de Mulheres, Diva Mucio Teixeira, a violência contra as mulheres aumentava cada vez mais. Só no ano de 1981, 800 homens mataram suas esposas ou companheiras, alegando legítima defesa da honra.
Ainda naquele mês, o secretário de Justiça, Vivaldo Barbosa, começou a examinar o projeto de lei, a Delegacia de Defesa da Mulher, criado pelo deputado Eurico Neves (PTB/RJ). O projeto foi inspirado na delegacia especializada que existia em São Paulo. A criação da unidade tinha como objetivo impedir que as mulheres continuassem se submetendo a situações constrangedoras sempre que procuravam a polícia em busca de ajuda. De acordo com o deputado, muitas vezes as mulheres ao serem atendidas por homens não tinham suas queixas devidamente analisadas.
Em outubro daquele ano, surgiu o plano precursor da Deam, o Centro Policial de Atendimento a Mulher (CEPAM). O projeto tinha como base atender a todas as mulheres, fazer uma avaliação de suas queixas e, quando necessário, abrir inquérito. As escreventes, escrivães e assistentes sociais dariam orientação às mulheres também em caso de desquite, divórcio, direitos adquiridos e encaminhariam às Varas de Família.
Fonte: Página Oficial PMSG

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