Agricultores de São Gonçalo ficam entusiasmados com obras de esco

Uma parceria entre a Prefeitura de São Gonçalo, através da secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, e o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio de Janeiro (Iterj), Embrapa e Emater, vai garantir o desenvolvimento sustentável da agricultura local. Para explicar melhor este desenvolvimento, foi realizada uma palestra com os agricultores, na Fazenda Engenho Novo.
Na ocasião, falou-se sobre como funciona o Programa Rio Rural e Crédito Fundiário, além das ações que a subsecretaria municipal de Agricultura a Pesca vem providenciando para a região. 
Diante de uma mesa farta, composta basicamente com produtos cultivados na região, o presidente do Iterj, José Machado e o secretário de municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Adolpho Konder anunciaram o início das obras de escoramento da sede da Fazenda Engenho Novo, que serviu de residência do Barão de São Gonçalo, um dos marcos da história do município.Esse será o primeiro passo para a criação do Parque Botânico Socioambiental.
“Para promover o desenvolvimento sustentável da agricultura local, o Rio Rural começou a atuar pela microbacia Rio da Aldeia, onde se localiza a Fazenda Engenho Novo. Com 740 hectares, ela abriga 150 famílias de agricultores que produzem leite, queijo, banana, coco, tangerina, mamão, aipim, maxixe, laranja, manga, abacaxi, acerola, palmito pupunha e outros. Mesmo com sua importância histórica, a população local esteve por muito tempo sem acesso às políticas públicas”, analisou José Machado.
Hoje, graças à parceria entre a prefeitura de São Gonçalo e o governo do Estado, produtores vêem com esperança a chegada do Rio Rural, como uma forma de dar condições de permanência ao homem nas áreas agrícolas e evitar a formação de favelas.
“O Rio Rural contribuirá para afastar a favelização, que tende a aumentar com a migração de pessoas em busca dos empregos gerados pela instalação do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Estamos trabalhando para evitar que isso aconteça aqui na fazenda”, disse Adolpho Konder, secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, parabenizando ainda os agricultores pelo o seu dia, comemorado em 28 de julho.
Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de São Gonçalo, Onofre Pereira, a maioria dos assentados não utiliza agrotóxico e usam boas práticas como a adubação verde para recuperação de solos, sistema agroflorestal e diversificação de culturas.
“O meio ambiente é hoje uma prioridade na microbacia do Rio Aldeia, que sofre com o lançamento de esgoto e lixo, bem como, a extração ilegal de areia. Começamos a reflorestar, em parceria com a prefeitura, uma parte da fazenda à margem do Rio Aldeia. A idéia é criar um parque botânico de 45 hectares, plantando ao menos cem árvores todo mês, que funcionará como pulmão ao lado do Comperj”, sustentou Onofre. 
Quem ficou animado com a iniciativa, por exemplo, foi Miguel Jesus de Oliveira. Ele produz leite e tem uma criação de pequenos animais. Para ele, que vive no local há 42 anos e, um dos primeiros assentados, o projeto de revitalização da fazenda será um grande passo para a fomentação do ecoturismo no local.
“Para manter o homem no campo é preciso criar situações de geração de emprego e renda. E pela primeira vez vislumbro um horizonte promissor para quem vive nessa região. Temos que tirar o chapéu para todos que estão envolvidos nesse processo”, finalizou Miguel.

Fonte: Página Oficial PMSG

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