Sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Com o olhar concentrado nos três principais pilares do desenvolvimento social, o Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou seu Índice de Valores Humanos (IVH), em que mostra como a população do Brasil avalia as condições de sua qualidade de vida. Trata-se de um indicador da percepção dos cidadãos, mais do que um estudo estatístico sobre os três grandes temas enfocados: saúde, educação e trabalho. Neste sentido, mesmo usando dados referenciais objetivos sobre cada um desses problemas, o levantamento agora conhecido foi além da análise meramente quantitativa. Além de referir indicadores de emprego, de escolaridade ou de renda, o levantamento retrata como os brasileiros, em suas vivências percepções e valores, avaliam suas condições de saúde, educação e trabalho. O atendimento à saúde ganha a nota 0,45 apenas (numa escala de zero a 10), enquanto a educação recebe avaliação pouco mais alta (0,54) e o trabalho uma nota melhor (0,79). As entrevistas que deram origem ao estudo foram feitas no começo de 2010.
O novo índice, que sofreu algumas contestações oficiais no Brasil, em especial do Ministério da Saúde, estabelece uma forma diferente de percepção, que é importante por relacionar os valores dos cidadãos com o desenvolvimento humano. Na soma dos três índices, a nota que os brasileiros em geral dão à qualidade desses três fatores decisivos para tal desenvolvimento foi de apenas 0,59, com o Sul e o Sudeste mostrando uma percepção levemente acima dessa média. A Região Sul, que concede as melhores notas do levantamento às áreas de trabalho e educação (0,84 e 0,55, respectivamente), percebe a área de saúde como a mais problemática, avaliando-a pior que os brasileiros das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Mesmo com eventuais contestações pontuais, trata-se de um instrumento de percepção importante para administradores e políticos. Mas não apenas por isso. Além disso, os próprios agentes públicos e privados envolvidos na promoção do emprego, da educação e da saúde ganham um documento que ajuda na compreensão das necessidades brasileiras, nas expectativas que demonstram e na maneira como os serviços essenciais são vistos e avaliados.
A mistura entre os dados qualitativos e quantitativos não deixa de ser uma tentativa de humanizar as políticas e de introduzir expressamente o fator humano como termômetro do desenvolvimento social. Neste sentido, trata-se de uma busca elogiável da compreensão da alma brasileira e da influência da vivência dos cidadãos na conquista da qualidade de vida e na construção de um país mais saudável, mais educado e mais justo.
O novo índice, que sofreu algumas contestações oficiais no Brasil, em especial do Ministério da Saúde, estabelece uma forma diferente de percepção, que é importante por relacionar os valores dos cidadãos com o desenvolvimento humano. Na soma dos três índices, a nota que os brasileiros em geral dão à qualidade desses três fatores decisivos para tal desenvolvimento foi de apenas 0,59, com o Sul e o Sudeste mostrando uma percepção levemente acima dessa média. A Região Sul, que concede as melhores notas do levantamento às áreas de trabalho e educação (0,84 e 0,55, respectivamente), percebe a área de saúde como a mais problemática, avaliando-a pior que os brasileiros das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Mesmo com eventuais contestações pontuais, trata-se de um instrumento de percepção importante para administradores e políticos. Mas não apenas por isso. Além disso, os próprios agentes públicos e privados envolvidos na promoção do emprego, da educação e da saúde ganham um documento que ajuda na compreensão das necessidades brasileiras, nas expectativas que demonstram e na maneira como os serviços essenciais são vistos e avaliados.
A mistura entre os dados qualitativos e quantitativos não deixa de ser uma tentativa de humanizar as políticas e de introduzir expressamente o fator humano como termômetro do desenvolvimento social. Neste sentido, trata-se de uma busca elogiável da compreensão da alma brasileira e da influência da vivência dos cidadãos na conquista da qualidade de vida e na construção de um país mais saudável, mais educado e mais justo.
Fonte: Zero hora.
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