1- Uma SEMANA de encontro na Conferência Anual da Organização Internacional do Trabalho me leva a pensar que estamos frente a uma enorme crise. A crise do emprego.
2- Concretamente não tem emprego para todos e isso gera um enorme problema sobretudo para os jovens. Se deixam de entrar na vida do trabalho durante a juventude dificilmente vão conseguir superar esta ausência e chegar a formalidade.
3- Começo a repensar a estratégia do primeiro emprego pois não é possível que jovens fiquem fora do mundo do trabalho para o resto de suas vidas. Nunca fui muito a favor desta proposta, mas vale avaliar.
4- Alguns governos aqui na reunião (em geral de paises muito pobres) fazem propostas de legislação trabalhista que nem a Noruega é capaz de cumprir.
5- O que queremos? Uma legislação trabalhista perfeita, mas que diminui o emprego ou uma Legislação Trabalhista possível para aumentar o nível do emprego?
6- Só em 2009 foram 50 milhões de empregos perdidos. Para estes desempregados uma sólida e perfeita legislação trabalhista adianta?
7- Não é um debate fácil, mas o custo dos encargos trabalhistas no Brasil impedem a criação de novos empregos. Não estou falando em perda de direitos, mas estou de fato preocupado com a criação de empregos. Uma política de empregabilidade responsável no Brasil e no mundo é urgente e não é caminhando em direção da utopia que isso será possível.
8- O emprego formal concretamente vive uma crise. E daqui de Genebra eu posso afirmar que o mundo não está sabendo resolver este problema.
9- A criação de novas legislações trabalhistas não ajuda a fortalecer uma política de empregabilidade. Não mesmo.
10- O maior direito deve ser ao emprego. E é concreto que estamos com um grave problema no mundo e no Brasil. Muita gente está perdendo o emprego e muita gente nem está conseguindo chegar lá.
11- Os debates são fundamentais. Debates sem dogmas. Debates que entendam que estamos em 2009 e não em 1949.
12- A crise é grave.
Fonte: Marcelo Garcia (Presidente CONGEMAS).
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