De mãos dadas contra a ‘covardia’, pelo menos 150 mil pessoas se uniram na
tarde ontem e caminharam juntos, entre autoridades e população, da Candelária à
Cinelândia, para protestar contra o projeto de lei que pode redistribuir as
receitas do petróleo e gerar um prejuízo de até R$ 48,8 bilhões aos cofres
fluminenses. O sentimento de injustiça ao Rio foi o tom do governador Sérgio
Cabral (PMDB) que voltou a pedir bom senso da presidenta Dilma Rousseff (PT)
para vetar o projeto.
Cabral, que chegou acompanhado ao evento de senadores, deputados e autoridades estaduais, afirmou que a passeata de ontem foi o momento decisivo para a virada do Estado na luta pelos royalties.
“Hoje (ontem) é um dia histórico para o Rio, contra a injustiça de indignação da sociedade. Não podem tirar um recurso de 87 cidades e do Estado. Ela (Dilma), mais do que ninguém, sabe que a legislação sobre recursos já licitados é uma violação de direitos, mas essa manifestação, de milhares de pessoas nas ruas irá sensibilizar os senadores e também a presidenta”, afirmou.
Em discurso para os jornalistas na Câmara Municipal do Rio, o governador comentou sobre uma mancha negra que tomou conta da bacia de Campos ontem. “Isso ilustra bastante uma das razões do preceito constitucional da indenização, porque isso não vai chegar ao Tocantins nem ao Mato Grosso; vai chegar ao litoral do Rio de Janeiro”.
A mancha de óleo no mar se encontra no campo de Frade, onde a petroleira norte-americana Chevron mantém o controle da produção, segundo informou a empresa nesta quinta-feira. Autoridades brasileiras informaram que ainda investigam as causas e tentam retirar o óleo do local.
Finanças - Com o dinheiro dos royalties, o Estado do Rio, que no próximo ano deve ter um orçamento de R$ 62 bilhões, sendo R$ 8 bilhões das receitas de petróleo, prioriza o pagamento (cerca de R$ 5 bilhões) de servidores estaduais da ativa e aposentados. Outra parte, R$ 1,5 bilhão, vai direto para o cofre da União para pagamento de uma dívida do Estado do Rio.
“O que o Rio não quer é que cometam injustiça, que invadam receitas já assumidas que tenham a ver com segurança pública, saúde, educação e pagamento de aposentadorias”, acrescentou o governador.
Participantes - Um dos articuladores políticos do Rio em Brasília, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), mostrou plena confiança na presidenta. “Não adianta se vai vetar ou não, e nem eu perguntaria sobre isso, mas ela sabe que não foi a melhor decisão a do Senado e sabe também que poderemos contar com ela para, aí sim, construirmos alguma coisa digna e honrada para o Rio de Janeiro e o Espírito Santo sem o aviltamento de suas riquezas”, declarou Crivella.
Já o deputado federal Neilton Mulin (PR), também demonstrou fé no veto do projeto mas apontou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser o caminho em caso de aprovação da emenda. “Essa manifestação mostra a força do Rio, e acredito na presidenta, mas em função de moralidade, o Supremo será o melhor caminho para continuarmos em defesa do Rio”, afirmou.
Representando a prefeita Aparecida Panisset (PDT), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adolpho Konder, foi para a passeata junto com cerca de 300 gonçalenses e lembrou que o prejuízo será de todos as cidades. “São Gonçalo recebe mensalmente cerca de R$ 1 milhão de royalties e pode perder metade disso caso essa emenda seja aprovada. Para uma cidade que precisa de investimentos constantes em infraestrutura, é uma perda grande. Para nós e para todas as outras que vivem desse dinheiro”, encerrou.
fonte: Jornal O São Gonçalo
Cabral, que chegou acompanhado ao evento de senadores, deputados e autoridades estaduais, afirmou que a passeata de ontem foi o momento decisivo para a virada do Estado na luta pelos royalties.
“Hoje (ontem) é um dia histórico para o Rio, contra a injustiça de indignação da sociedade. Não podem tirar um recurso de 87 cidades e do Estado. Ela (Dilma), mais do que ninguém, sabe que a legislação sobre recursos já licitados é uma violação de direitos, mas essa manifestação, de milhares de pessoas nas ruas irá sensibilizar os senadores e também a presidenta”, afirmou.
Em discurso para os jornalistas na Câmara Municipal do Rio, o governador comentou sobre uma mancha negra que tomou conta da bacia de Campos ontem. “Isso ilustra bastante uma das razões do preceito constitucional da indenização, porque isso não vai chegar ao Tocantins nem ao Mato Grosso; vai chegar ao litoral do Rio de Janeiro”.
A mancha de óleo no mar se encontra no campo de Frade, onde a petroleira norte-americana Chevron mantém o controle da produção, segundo informou a empresa nesta quinta-feira. Autoridades brasileiras informaram que ainda investigam as causas e tentam retirar o óleo do local.
Finanças - Com o dinheiro dos royalties, o Estado do Rio, que no próximo ano deve ter um orçamento de R$ 62 bilhões, sendo R$ 8 bilhões das receitas de petróleo, prioriza o pagamento (cerca de R$ 5 bilhões) de servidores estaduais da ativa e aposentados. Outra parte, R$ 1,5 bilhão, vai direto para o cofre da União para pagamento de uma dívida do Estado do Rio.
“O que o Rio não quer é que cometam injustiça, que invadam receitas já assumidas que tenham a ver com segurança pública, saúde, educação e pagamento de aposentadorias”, acrescentou o governador.
Participantes - Um dos articuladores políticos do Rio em Brasília, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), mostrou plena confiança na presidenta. “Não adianta se vai vetar ou não, e nem eu perguntaria sobre isso, mas ela sabe que não foi a melhor decisão a do Senado e sabe também que poderemos contar com ela para, aí sim, construirmos alguma coisa digna e honrada para o Rio de Janeiro e o Espírito Santo sem o aviltamento de suas riquezas”, declarou Crivella.
Já o deputado federal Neilton Mulin (PR), também demonstrou fé no veto do projeto mas apontou que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser o caminho em caso de aprovação da emenda. “Essa manifestação mostra a força do Rio, e acredito na presidenta, mas em função de moralidade, o Supremo será o melhor caminho para continuarmos em defesa do Rio”, afirmou.
Representando a prefeita Aparecida Panisset (PDT), o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adolpho Konder, foi para a passeata junto com cerca de 300 gonçalenses e lembrou que o prejuízo será de todos as cidades. “São Gonçalo recebe mensalmente cerca de R$ 1 milhão de royalties e pode perder metade disso caso essa emenda seja aprovada. Para uma cidade que precisa de investimentos constantes em infraestrutura, é uma perda grande. Para nós e para todas as outras que vivem desse dinheiro”, encerrou.
fonte: Jornal O São Gonçalo
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