Escola Pixinguinha realiza sonhos ensinando música


      Um antigo desejo, enfim, pôde ser realizado. As tão sonhadas aulas de trombone só puderam ser feitas depois que o aposentado Reginaldo de Oliveira, 57 anos, conheceu a Escola de Música Pixinguinha. Inaugurada pela Prefeitura de São Gonçalo, em 2000, a escola vem, desde então, gratuitamente, formando músicos profissionais e amadores.
“Por dificuldades financeiras, nunca consegui pagar um curso nem fazer aulas particulares. Agora, tudo ficou mais fácil e pela primeira vez, apenas dependo da minha vontade para desenvolver meu talento”, comemorou Reginaldo.
Ao longo dos 11 anos de existência, a escola, que nasceu com o objetivo de oferecer qualificação profissional aos amantes de música, foi se desenvolvendo, mudou o sistema de acesso e ampliou o número de alunos.“Demos um salto, do ano passado para cá, de 110 para 396 alunos. Isso tudo se deve a capacitação dos profissionais que trabalham conosco, além, é claro, da nova forma de gestão. Nos preocupamos, em primeiro lugar, com a satisfação dos alunos e com ensino de qualidade”, contou o diretor da escola, Nilson Simões. “Antigamente, tínhamos até fila de espera. Mas por conta do critério para admissão isso acabou”, completou Simões.
Hoje, diferente de alguns anos atrás, para fazer parte no corpo de alunos existem algumas exigências. O interessado tem que passar por uma prova de conhecimentos musicais e uma entrevista.
“Essa avaliação criteriosa se fez necessária para mantermos um grau de excelência no processo de ensino e aprendizagem. O fato da escola ser gratuita ajuda a atrair interessados, mas se não fizéssemos algum tipo de de seleção, não daríamos aos alunos a atenção merecida e teríamos uma escola de música comum. Aqui, prezamos pela descoberta e desenvolvimento do talento musical das pessoas”, declarou Simões.
E não é só para admissão de alunos que há um rigor. Todos os 16 professores são graduados e possuem anos de experiência. Um deles, inclusive, é ex-aluno da escola e integrante da Orquestra Municipal de São Gonçalo. "Trabalho com música há mais de 10 anos e, sinceramente, não saberia viver de outra forma. Não sou brasileira, mas escolhi esse país para desenvolver a minha profissão. O tempero do Brasil e as oportunidades oferecidas pela escola formaram, para mim, a parceria perfeita”, contou a professora cubana de piano, Martha Keila Lorenzo.
Atualmente, a escola, instalada no Barro Vermelho, oferece, de terça a sexta-feira, sempre das 9h às 17h, aulas para instrumentos de cordas, como violão, violino, violoncelo, guitarra, contrabaixo, instrumentos de sopro (trompete, trombone, tuba, saxofone, clarinete e flauta transversa), percussão, bateria, teclado e musicalização infantil, para as crianças de 5 a 10 anos. Mesmo havendo idade mínima para ingressar, não há limite máximo.
"Nas avaliações do ano passado, tivemos um resultado gratificante. Um aluno de 80 anos tirou a maior nota, o que mostra, definitivamente, que não há limites para a realização de um sonho e que, cotidianamente, lidamos não apenas com as aptidões de cada um, mas trabalhamos a melhora da autoestima de todos", avaliou o professor de violão Leonardo Belga .
Para os próximos anos, a Prefeitura pretende ampliar os projetos da escola, como o "Música na Praça", que realiza apresentações mensais na Praça do Barro Vermelho, e inserir na grade curricular terapia ocupacional e musicoterapia.
Quem quiser participar do processo seletivo de ingresso à escola, deve comparecer a sede que fica na Rua Luis Esteves, 86, no bairro Barro Vermelho, entre os dias 15 e 30 de novembro para fazer a inscrição. As provas e a entrevista serão realizadas nos dias 01, 02 e 03 e dezembro. Telefone para contatos: 2694-1767.

fonte: página oficial PMSG

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