São Gonçalo ganha ecobarreiras contra a poluição

São Gonçalo ganhou duas ecobarreiras para fortalecer o combate à poluição nos rios do município. O anúncio foi realizado na manhã desta quinta-feira (30/6) pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, com a presença da prefeita de São Gonçalo, Aparecida Panisset, da presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, e do secretário municipal de Meio Ambiente, Vanderlei Dias. Os equipamentos de contenção, com 12 metros cada e capacidade para reter aproximadamente 30 toneladas de materiais recicláveis e 200 toneladas de lixo, serão fixados nos rios Brandoas e Bomba, que cortam a cidade.
O secretário Carlos Minc trouxe mais uma boa notícia para o município anunciando a modernização e a construção das elevatórias da Estação de esgoto de São Gonçalo com recursos do PAC e do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). "Até o final do ano, iniciaremos o projeto de R$ 100 milhões que irá combater as inundações na cidade."
A prefeita Aparecida Panisset aproveitou a ocasião para agradecer pela revitalização do Rio Alcântara e fazer um apelo público ao secretário Carlos Minc em prol da limpeza dos Rios Marimbondo e Brandoas. "Cuidar do meio ambiente é cuidar do ser humano, que é a figura principal da sociedade". Aparecida Panisset também lembrou a dedicação dos catadores de lixo e a importância desse trabalho, afirmando que quando os catadores recolhem a sujeira das ruas estão zelando pela cidade e pelas pessoas.
Representantes de cooperativas de catadores de lixo, da prefeitura de São Gonçalo, da Associação de Supermercados e do Carrefour participaram da inauguração das duas ecobarreiras. Elas ficam no entorno da Baía da Guanabara, onde já há instaladas outras sete, dentro do Projeto Ecobarreira 2016, do Inea.
Segundo a presidente do Inea, Marilene Ramos, a coleta seletiva será ampliada na cidade, iniciativa fundamental para que os corpos hídricos do município não sofram ainda mais com as agressões ao meio ambiente. "É lamentável que tenhamos de retirar toneladas de lixo dos nossos rios. Ela ressaltou a importância do trabalho dos catadores, para os quais esclarece a necessidade de se erradicar os lixões e construir aterros sanitários. "Nos aterros eles terão melhores condições de trabalho".
A ecobarreira do Rio Bomba ainda agrega um Posto de Entrega Voluntária (PEV) no estacionamento do supermercado Carrefour, galpão, prensa, moinho de vidro, balança, mesa separadora, elevador de carga e big bags de 500 litros com carrinhos para o transporte. Foram investidos R$ 65 mil na construção da barreira ecológica com recursos do Termo de Ajuste de Conduta (TAC) da FCA/Vale, por derramamento de óleo em Guapimirim, em 1995.
O custo de operação do empreendimento – uma parceria com o supermercado Carrefour, Prefeitura de São Gonçalo, Federação das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis (Febracom), cooperativa Eclesiastes e Coopereco - será de R$ 12 mil por mês, custeado pelo TAC e pela Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro (Asserj).
Serão gerados 10 empregos diretos apenas na operação de coleta nas ecobarreiras. O PEV do rio Bomba ainda vai receber recicláveis entregues pela população e descartados pelo Carrefour, o que deve, portanto, gerar pelo menos o dobro de postos de trabalho, incluindo as atividades de compactação, armazenamento e transporte dos materiais.
Incluído no plano estratégico da Olimpíada, o Projeto Ecobarreira 2016 tem como compromisso reduzir a poluição, removendo e reciclando o lixo flutuante de rios, baías e lagoas do Estado. Para isso, nos próximos cinco anos serão instaladas 26 unidades. Entre as próximas instalações estão previstas outras quatro no entorno da baía de Guanabara, duas na Baixada Fluminense e mais uma na Zona Oeste.
 
Fonte: Página Oficial PMSG

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