O secretário de Desenvolvimento Social de São Gonçalo, Adolpho Konder, foi às ruas nesta quarta-feira, dia 17, para conscientizar a população contra o trabalho infantil. Junto com equipes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), Konder entregou folhetos com informações do Peti, conversou com comerciantes e moradores de Alcântara e pediu a contribuição de todos para denunciar o trabalho infantil. As principais denúncias apuradas pelas equipes do Peti foram maus tratos e trabalho infantil, principalmente os adolescentes que vendem doces nos sinais de trânsito.
A campanha de mobilização pelo Dia do Enfrentamento do Trabalho Infantil também foi realizada em outros pontos da cidade como Centro, Zé Garoto e na Avenida Maricá.
– Queremos a participação de todos. Estamos conscientizando as pessoas para que denunciem quem obriga crianças a trabalharem. Lugar de criança é na escola – afirmou o secretário, acrescentando que esta mobilização tem o aval da prefeita Aparecida Panisset.
Segundo a coordenadora do Peti, Isabel Grassini, de janeiro até hoje, dia 17, o programa teve 456 inclusões de crianças e adolescentes no programa. No total são 900 adolescentes atendidos. Grassini entregou folhetos sobre o Peti nos ônibus, vans, comércio, sinais de trânsito e destacou o apoio da população que denunciou o trabalho infantil na cidade.
– Precisamos sensibilizar a sociedade sobre a importância da infância como tempo de brincar e estudar. O trabalho precoce prejudica a saúde emocional dessas crianças – enfatizou.
A concentração começou às 10h na esquina das ruas Yolanda Saad Abuzaid e João Caetano, em Alcântara. Equipes da secretaria distribuíram balões de gás para as crianças e conversaram com os pais e responsáveis sobre a importância da campanha. A pintura desenhada na pele das crianças pelo coordenador do núcleo Salgueiro, Rafael Coutinho, foi outro atrativo desta ação.
– Através da arte podemos tirar as crianças das ruas. Oferecemos diversos cursos no pólo como artes, capoeira e orquestra de tambores para garantir a cidadania dessas crianças – ressaltou Coutinho, acrescentando que 100 adolescentes são atendidos no Salgueiro.
O Peti atende a 900 crianças e adolescentes de 7 a 15 anos, encaminhados pelo Conselho Tutelar e pela Promotoria Pública, envolvidas com tráfico de drogas, abuso sexual dentro da família, que já trabalharam no lixão e em estado de insalubridade. É uma ação que viabiliza despertar nas crianças e em suas famílias a possibilidade de um futuro melhor. Em contrapartida, as famílias precisam manter seus filhos na escola.
Os jovens também são inseridos no Programa Bolsa Família e os pais fazem cursos de geração de renda. Além disso, as famílias participam de ações sócio-educativas. O Peti ainda fomenta e incentiva a ampliação dos conhecimentos das crianças com atividades culturais, desportivas e de lazer no período complementar ao do ensino regular.
O trabalho é desenvolvido em oito pólos que oferecem aulas de capoeira, jiu-jitsu, street dance, futsal, natação, judô, hip-hop, educação física, artes, atividades pedagógicas, coral, entre outros. Além desses projetos, as crianças também participam da orquestra de tambores reciclados.
Fonte: Assesssoria de Comunicação Social - SMDS
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