‘Já tiramos mais de 10 mil da informalidade em S. Gonçalo’

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Gonçalo, Adolpho Konder, disse que a política de estimular o empreendedorismo individual está atingindo os objetivos esperados, isto é, tirando milhares de gonçalenses da informalidade, gerando renda e emprego para estas pessoas. Segundo ele, a cidade está batendo recordes dentro do Estado e que ao todo, mais de 10 mil empreendedores já legalizaram os seus negócios junto à Prefeitura. Segundo Konder, a troca do DEM pelo PDT partiu de um convite da prefeita Aparecida Panisset e do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Konder defendeu ainda a manutenção da aliança entre os governos municipal, estadual e federal.
O SÃO GONÇALO - Desde a sua posse como secretário de Desenvolvimento Econômico, o empreendedorismo se tornou uma das marcas de sua gestão. Por que o senhor resolveu colocar esta prática como uma das prioridades de sua pasta?
Adolpho Konder - Tive duas experiências antes de assumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Primeiro como chefe de Gabinete da prefeita Aparecida Panisset, que me deu a oportunidade de acompanhá-la em diversos eventos e depois como secretário de Desenvolvimento Social, onde pude conhecer toda a área social do município e cada bairro. Com isso, pude perceber a existência de um elevado número de pessoas trabalhando na informalidade, mas que demonstravam interesse em formalizar os seus negócios, a partir da criação da Lei do Empreendedor Individual pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi aperfeiçoada pela presidenta Dilma Rousseff. Como o Sebrae já havia me procurado, resolvi convidá-lo para uma parceria para junto formalizar estas pessoas.
OSG - Quais os principais projetos relacionados com o empreendedorismo em São Gonçalo?
Konder - Depois de regulamentarmos a Lei do Empreendedor Individual de acordo com as necessidades do nosso município, criamos o projeto ‘Empresa Bacana’, cuja a primeira edição foi realizada em Alcântara e foi um sucesso. Mais de 500 pessoas formalizaram os seus empreendimentos em apenas uma semana, naquela ocasião, e cerca de mil pessoas formalizaram os seus negócios nas duas edições do ‘Empresa Bacana’, que terá uma terceira no próximo dia 17, no Jardim Catarina, na Escola Municipal Irene Barbosa Ornellas. Este resultado é recorde em todo o Estado. Atualmente este número ultrapassa 10 mil pessoas que deixaram a economia informal e migraram para a formal. Aí surgiu a oportunidade de criar um espaço dentro da unidade do Rio Poupa Tempo, que funciona no São Gonçalo Shopping, chamada ‘Sala do Empreendedor’, onde as pessoas podem tirar os seus alvarás de funcionamento. Além disso tudo, estou conversando com o Sebrae para realizarmos uma grande Feira do Empreendedor, que seria uma espécie de ‘Empresa Bacana’ amplificado, com palestras do Sebrae e a presença do Banco do Brasil e do Banco do Nordeste, por exemplo.
OSG - Na sua visão como gestor público, quais os benefícios desta política de empreendedorismo para São Gonçalo?
Konder - Obviamente o primeiro benefício é colocar as pessoas na formalidade. A Lei do Empreendedorismo Individual permite que cada empreendedor possa contratar mais um funcionário. O segundo é a possibilidade de mapear estas pessoas e dar um acompanhamento para elas. Dados do Sebrae mostram que, em no máximo dois anos, estes empreendedores estão se transformando em micro-empresários. Outro benefício do empreendedorismo é a geração de renda e garantir ‘vida longa’ para o negócio destes empreendedores. Cada uma destas pessoas contribui com R$ 5 do Imposto Sobre Serviços (ISS) por empreendimento. Um empreendedor pode obter, por exemplo, um alvará para atuar como professor particular, abrir uma confecção e um salão de cabeleireiro em um único documento, contribuindo com R$ 15 para o município, gerando receitas para São Gonçalo. Mas o principal desafio do empreendedorismo é gerar emprego
OSG - Faltando um ano para as eleições, o senhor trocou o DEM pelo PDT e foi lançado como pré-candidato à Prefeitura de São Gonçalo. Como foi esta transição?
Konder - A mudança para o PDT representa para São Gonçalo a aliança entre os governos municipal, estadual e federal, e foi fundamental para os avanços obtidos na gestão da prefeita Aparecida Panisset. Recebi o convite do ministro Carlos Lupi (Trabalho) e da prefeita e resolvi aceitá-lo. Acho que é necessário dar continuidade a esta aliança com o Estado e com a União.
OSG - Como foram as conversas para aceitar a sua pré-candidatura à Prefeitura de São Gonçalo em 2012?
Konder - Na verdade, coloquei o meu nome à disposição do PDT. Obviamente isso partiu de uma conversa com a prefeita Aparecida Panisset e com o ministro Lupi. Mas quem vai decidir isso é a convenção.

fonte: Jornal O São Gonçalo

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