Contudo, existe um grupo de privilegiados que conseguem usufruir de qualidade de vida por estudar ou trabalhar próximo de casa. Tachados de “naturebas” e “ecologicamente corretos” para eles basta retirar a bicicleta – ou a “magrela” ou “camelo” como popularmente é chamada – da garagem de casa. Meio de transporte barato, não poluente e saudável, os ciclistas profissionais apaixonados se arriscam ao lado dos carros devido à falta de corredores expressos reservados para eles. Ou seja, estão sujeitos a acidentes.
A cidade de Niterói tem menos de 300 metros de ciclovia oficial (apenas no calçadão da Praia de Icaraí. Neste caso, não se conta a criação de faixas especiais, por exemplo, na Avenida Quintino Bocaiuva, em São Francisco, nos fins de semana). Já em São Gonçalo também existem deficiências alarmantes, não podemos negar.
A Câmara dos Deputados é o espaço ideal para discutir um plano de mobilidade que priorize o uso de bicicletas. Na cidade de Rio, se discute o aluguel de bicicletas em pontos específicos com certa infraestrutura. Na orla do Rio, as bicicletarias instaladas são para beneficiar o turismo, enquanto aquelas instaladas nas estações do metrô para estimular o transporte complementar: em vez do ônibus da integração, o passageiro pode pedalar até em casa ao custo de R$ 20 mensais. O serviço ficou parado por tempo até serem resolvidos os problemas de extravio das bicicletas.
Crédito: Divulgação/Internet
Ciclovias: boa alternativa para as cidades pequenas e médias em desenvolvimento
Em São Gonçalo, a ciclovia na Rua das Caminhadas também é alvo de vandalismo. Guardas Municipais percorrem a pé e o 7º Batalhão da PM ajuda no policiamento ostensivo. No Congresso, pretendo propor emendas e qualificar a discussão das diretrizes no Estatuto das Cidades, que serve de instrumento base para a elaboração do Plano Diretor Municipal. O crescimento desordenado prospera com a expansão das favelas, desmatamento de área nativa de Mata Atlântica, e dificuldades na locomoção – dificultando o direito de ir e vir da população.
O transporte alternativo pode amenizar a situação das cidades médias. Nos municípios pequenos, o custo para se pensar no transporte "verde" é bem menos oneroso do que eventuais intervenções em grandes cidades, como o município gonçalense.
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